segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Cavalo de Troia: Composto leva anticorpos para dentro de células com vírus da raiva

Composto foi usado para carregar os anticorpos da raiva e soltá-los dentro das células infectadas, inibindo a ação do vírus











Estudo da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da USP propõe forma inovadora para tratar a raiva, doença negligenciada que, anualmente, mata mais de 60 mil pessoas no mundo, a grande maioria na África e na Asia.

Os cientistas do Laboratório de Raiva da FMVZ usaram um composto de proteínas – espécie de “cavalo de Troia do bem” – para carregar os anticorpos contra o vírus da raiva até dentro das células cerebrais de camundongos infectados. Os anticorpos conseguiram inibir a ação do vírus de modo intracelular, impedindo a replicação e a infecção das outras células.



O composto foi  misturado com uma solução de anticorpos. Ao ser inoculado no cérebro dos animais, o complexo pode ou se fundir diretamente com a membrana plasmática (que delimita as células) e entregar o anticorpo diretamente dentro da célula (1), ou pode ser internalizado por ela e depois se fundir com o endossomo (uma espécie de compartimento responsável pelo transporte e digestão de partículas celulares), liberando o anticorpo no citoplasma (fluido existente dentro das células)  (2). O anticorpo fica livre para neutralizar o vírus (3) – Infografia adaptada de Manual Bioporter Genlantis

“A pesquisa demonstra que é possível utilizar anticorpos produzidos contra o vírus da raiva de um modo que, inovadoramente, faz esses anticorpos entrarem nas células e combaterem o vírus”, destaca o orientador do trabalho, o professor Paulo Eduardo Brandão. 


Leia a matéria na íntegra em ciência.usp.br
Arte: Jornal da USP 

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